sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Chove...(em mim)

Chove lá fora. Deixo-me sentada e contemplo pela janela o exterior. Está monocromaticamente cinzento, triste, molhado. Como quem chora uma partida que não terá um regresso.
Gota a gota, forma-se uma corrente de água no chão, como quem lava a alma na ânsia de renovação. As nuvens não deixam passar a luz, e obscurecem a vida e o coração das pessoas.
Na rua, não se vê vivalma. Todos se refugiam em si mesmos, para não ter de enfrentar a escuridão nas janelas que são os olhos dos outros. Na procura por comodidade e segurança, desligam a luz dos seus sorrisos para evitar desastres numa possível trovoada.
O dia está triste, mas ninguém se preocupa em alegrá-lo.
Levanto-me e dirijo-me à janela. Ao olhar para cima, inspiro fundo e sorrio. Sei que, mais cedo ou mais tarde, o Sol irá despontar no céu. E aí a (minha) vida voltará de novo a ter sentido.


@ Peregrina

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal Ideal



Estão criadas as condições ideais para o Natal. Basta olhar à volta e vê-se logo. reparem como todos andam atarefados com a sua vida, festejos, compras, boas-festas. Tudo se centra em consumo, prazer, dinheiro, azáfama. Não é isto mesmo o ideal para o Natal? Pelo menos na vida pública, ninguém parece interessado no significado desta festa, no presépio e no nascimento de Cristo. Vemos renas, árvores, sinos, trenós, mas poucas manjedouras. As montras, anúncios, jornais, televisões falam do Pai Natal ou do Obama em Copenhaga, não de Jesus. Ninguém medita no acontecimento espantoso que é Deus nascer como um menino, o Omnipotente vir viver como um de nós para trazer toda a felicidade do Céu à tristeza deste mundo. Olhamos à volta e tudo parece alheio a essa espantosa Boa Nova, que mudou e muda o mundo. Basta ver isto e compreende-se: estão criadas as condições ideais para o Natal.
Porque foi precisamente assim na primeira vez que houve Natal. Quando Jesus nasceu também ninguém lhe ligou nenhuma. Toda a gente se atarefava na sua vida, sem sequer saber do estábulo. As atenções estavam centradas nas árvores, no gado, no consumo, prazer. Falava-se de Herodes, gordo e de barbas brancas como o Pai Natal, e no imperador Augusto, com enormes semelhanças a Obama. Apesar de avisadas pelos profetas, as pessoas não conseguiam sequer imaginar que Deus pudesse visitar o seu povo. No dia de Natal ninguém achava possível haver Natal. Como hoje. Porque o Natal depende da vontade sublime de Deus, não das condições que nós criamos.
João César das Neves 17/12/2009


A todos um Santo e muito feliz Natal. Comemoremos o Natal de Jesus, porque o Natal é Jesus!