sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Imagens do Passado


Casa caiada de branco
Tinta a escorrer, gasta pelo tempo
Memórias incrustadas nos tijolos
Murmúrios levados pelo vento

Folhas caídas num chão lamacento
Pisadas por tais antepassados
Que outrora livres e felizes
Preenchiam os lugares agora abandonados

Casa caiada de branco
Que tem apenas por companhia
O vento, o sopro, a brisa do mar,
Os animais cantando em suave melodia

E quem a habitaria?

@Peregrina

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Chegaste, e ficaste.

Quando passaste por mim pela primeira vez, nem desconfiava que irias ficar para sempre.
Quando chegaste, trazias no olhar um misto de curiosidade, aventura e fulgor. No sorriso, uma sinceridade luminosa que resplandecia tudo ao redor. Nos gestos e atitudes, uma confiança segura de quem não teme a vida nem o que ela poderá trazer.
Chegaste, e viraste a minha vida, com um vendaval de emoções e desafios, sem um aviso prévio nem chamada de atenção. Sem eu sequer notar, e sem que pudesse evitar.
E ao chegares, ficaste. Permaneceste. Tornaste-te uma peça essencial na minha vida, e como uma pétala que compõe a flor, embelezaste-me a vida e tornaste-a iluminada. Trouxeste mais alegria à minha vida e percebi que, apesar de já ser muito feliz, uma parte de mim ainda não estava completamente satisfeita. E completei-me com a tua presença.
Agora, caminhamos juntos numa mesma direcção, deixo-me levar pela tua doçura, pelo nosso amor e, com todas as minhas forças, agradeço por existires. E por existires em mim.


@Peregrina

sábado, 16 de agosto de 2008

Sinto-me... Sinto-te



Sinto-me e sinto-te, como se estivesses em mim, cravado no meu peito e em cada pedacinho meu, sem nunca poderes sair.
Nunca.
Como se, afinal, sempre lá tivesses estado.
A cada passo que dou, noto a tua presença em todo o lado, junto a mim, caminhando comigo. A tua influência no prosseguir da minha jornada, nas minhas escolhas diárias.
Estás dentro de mim, de uma maneira tão profunda, que o meu coração pulsa ao ritmo do teu toque em mim. Ele, que bate descompassado quando te aproximas, e se agonia quando te vais embora. Que vive e se alimenta de ti.
De uma forma tão mágica, que os meus olhos te procuram incessantemente por entre a multidão, e brilham quando te encontram. E não se conseguem afastar depois.
Tão verdadeiramente, que só eu sei quem realmente és, o que desejas, o que temes, o que sentes, do que necessitas. E, sendo recíproco, só tu me conheces a fundo, só tu sabes a direcção que o meu sangue toma no interior do meu coração. A direcção que me faz feliz. A tua direcção.
E isto, nem sabes o quando me reconforta...e me faz sentir completa.

Tão completa, meu amor!


@Peregrina

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pegadas na Areia




Uma noite tive um sonho...


Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor, e no firmamento passavam cenas da minha vida.


Depois de cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era o meu e o outro era do Senhor.


Quando a última cena passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.


Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:

- Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações que vivi, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que, nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor respondeu-me:


- Meu querido filho, jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando viste na areia apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que peguei em ti ao colo.



Porque adoro este texto, resolvi partilhá-lo convosco.
E porque amanhã é feriado, dia da Assunção de Maria! Fim-de-semana prolongado!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Como eu...



Detesto
Melgas!!!!


PS: revolta natural depois de acordar às 6 da manhã com um zzzz irritante. Andei com um livro na mão na caça-à-melga, mas o raio do bicho é esperto e cada vez que acendia a luz, desaparecia da minha vista.
Acabei por ir para a sala, dormir para o sofá (onde também havia uma melga, mas que facilmente identifiquei e matei, sem dó nem piedade, com a minha super esfregona). Depois, voltei para o quarto, na esperança que ela já não estivesse lá (tinha deixado a luz da cozinha acesa, para ver se a atraía).. e, quando estava quase quase a deixar-me dormir de novo... zzzzz nos meus ouvidos !

Desisti.

Resumindo e fazendo balanço final:
- 2 melgas achadas
- 1 morta
- 1 irritantemente ainda viva e no meu quarto algures
- depois das 6, meia hora de descanso na sala
- muito, muito sono

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O início...

Um início de um blog... Como todos os inícios, nunca se sabe o que trará, a que conduzirá, a quem tocará, quem o lerá, que destino irá tomar.

Um início de um blog, sem tema definido, sem estrutura lógica, sem pré-definições.

Um início de um blog... inteiramente meu.